Talvez pode parecer um pouco pretensioso alabar a figuras de artistas, cientistas ou outros grandes nomes da nossa história. Contudo em alguns casos, algumas ideias mudaram a nossa maneira de entender a sociedade, a ciência e a história do homem.
Nesse sentido, Frida Kahlo foi uma dessas figuras revolucionárias que trouxe ao mundo uma maneira peculiar e autêntica de expressar o que pensa. Talvez as desgraças que ocorreram na vida dessa jovem mexicana foram o estopim para a sua forma de expressão aguçada do mundo ao se redor.
Quem foi Frida Kahlo
De acordo com os relatos de quem a conheceu, definem Frida como uma mulher autêntica e peculiar, cujo o nome evocava imagens do surrealismo mexicano. Ela nasceu no dia 6 de julho de 1907 no seio de uma família de artistas. Embora ninguém poderia imaginar que Kahlo acabaria se convertendo em uma das pintoras mais famosas da história do México e além mais das suas fronteiras.
Ademais de nascer em uma família de artistas a sua vida está marcada por um terrível acidente que deixou sequelas físicas graves. Entretanto também mudou a perspectiva da artista sobre o significado da vida, sobre a arte, também as tradições do seu país. Ou seja, de certa maneira deu significado as suas obras e maneira de pensar.
O acidente que mudou a sua vida
Talvez a sua maneira de encarar a realidade da vida fosse parte da sua peculiar personalidade. Porém até os 18 anos Frida não tinha demonstrado nenhum interesse pelo mundo da arte. De fato estava mais interessada em algum tipo de esporte que melhorasse a sua saúde depois de sobreviver a poliomelite que sofreu quando era criança.
Então, tudo mudou drasticamente depois de sofrer um terrível acidente automobilístico. Nele ela teve a coluna vertebral fraturada em 3 partes, ademais das costelas, também teve a clavícula e três ossos pélvicos fraturados. Desse modo, surgiu o entendimento mais profundo de Frida Kahlo em relação a vida. Assim sendo, depois de questionada por que pintava autorretratos ela disse: “Eu me retrato nas minhas obras por que passo muito tempo sozinha e porque sou o motivo que melhor conheço”.
Influência Política e vida amorosa de Frida Kahlo
A partir de 1927 a pintura de Frida ganhou formas e ideias muito mais complexas que refletia a ambiguidade entre as suas ansiedades, alegrias e sua constante ideia autodestrutiva. Desse modo, a dicotomia entre seus sonhos maternais e a realidade da sua condição acabaram moldando ainda mais o caráter de Kahlo.
Portanto, a pintora mexicana, símbolo do feminismo contemporâneo, começou a frequentar ambientes políticos, artísticos e intelectuais. Assim sendo, foi através de Germán de Campo que Frida conheceu Tina Modotti e começou a frequentar as reuniões políticas do Partido Comunista do México.
Uma vida de contemplação e autodescoberta
Provavelmente em vários artigos que retratam sobre a vida de Frida Kahlo será possível perceber que a pintora teve uma trajetória bastante complicada. Desde a poliomelite na infância, até o acidente e a relação amorosa turbulenta com Diego Rivieira. Nesse sentido olhamos para Frida Kahlo com uma certa empatia, porém, mesmo com todas as tragédias de sua vida Frida sempre amou a vida.
Por esse motivo, suas obras nos conecta e transmitem todos os sentimentos de maneira real e direta. Desse modo, da mesma maneira que Dalí, Frida criou seu próprio personagem com sua forma de vestir e atuar. Em suma, apesar de todos os obstáculos propostos para a sua vida. Também pela ânsia pelas liberdades que foram minadas pelos seus graves problemas físicos podem ser resumidos na sua frase: “Para que quero ter pés se tenho asas para voar.”